Menopausa e alimentação: nutricionista dá dicas para aliviar sintomas
No Dia internacional da Mulher, a nutricionista Carol Sessa explica sobre a importância da alimentação durante a menopausa e conta sobre o que deve ser consumido e evitado nessa fase
Ondas de calor, pele seca, aumento do risco de osteoporose, maior risco de ter excesso de peso, doenças metabólicas e cardiovasculares: esses são alguns dos sintomas que podem aparecer junto com a menopausa, fase da vida da mulher em que ocorre a interrupção natural da menstruação, mas você sabia que a alimentação pode ajudar como uma ótima aliada nesse período?
E no Dia Internacional da Mulher, o Receitas conversou com a nutricionista Carol Sessa, que explicou sobre como a alimentação pode ter um papel fundamental nesse período, dando dicas valiosas para você seguir e aliviar os sintomas.
O que consumir
O período de desordem hormonal, quando há diminuição da produção de estrogênio e a progesterona pelos ovários, precisa de uma atenção especial. Sessa explica que alimentos como a soja e peixes podem ajudar a passar por esse momento difícil que ocorre em mulheres mais frequentemente após os 45 anos.
“Soja, linhaça e sementes de girassol, por exemplo, a inclusão desses alimentos na rotina pode ajudar a reduzir o fogacho e a irritabilidade, muito frequentes. As fontes de ômega-3 também devem ser incluídas, como os peixes - salmão, sardinha, semente de chia e nozes. Eles têm efeito antioxidante e anti-inflamatório.”
Carol também recomenda a inclusão de alimentos que sejam ricos em tripofano, um aminoácido essencial que não é sintetizado pelo organismo e que participa da produção de serotonina, melatonina e niacina, ajudando a melhorar o ânimo e aumentando a sensação de bem estar e é encontrado na banana, brócolis, nozes, castanha, amêndoas.
Cálcio para evitar a osteoporose
A diminuição do estrogênio também é responsável por muitos casos de osteoporose durante e depois da menopausa. Por isso, fontes de cálcio são essenciais nessa fase da vida da mulher.
"Com a redução da produção do estrogênio, aumenta-se o risco de desenvolvimento de osteopenia ou osteoporose, então alimentos ricos em cálcio também serão importantes, como o leite e derivados, vegetais verdes escuros, semente de gergelim. Além da exposição natural ao sol por no máximo de 10 a 15 minutos, para ativação da Vitamina D”, explica a nutricionista.
O que evitar
Se por um lado alguns alimentos podem ser aliados, outros devem ser evitados para evitar o aumento dos sintomas. É o caso de pratos com muitos condimentos, carnes vermelhas em excesso, bebidas alcoólicas, embutidos e alimentos industrializados de forma geral, pois são ricos em açúcares, sódio, conservantes e gordura saturada.
“Alimentos ultraprocessados devem ser evitados, independente da fase em que a mulher se encontra, pois são ricos em sódio e conservantes. A prioridade deve ser sempre para os alimentos in natura ou minimamente processados", finaliza Carol Sessa.
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