Chapa ‘inflada’ do PSDB para vereador em Campo Grande preocupou investigados por corrupção, revela Gaeco
PSDB aglutinou muitos ‘puxadores de voto’ e briga por vaga deve deixar candidatos bem votados fora da Câmara de Campo Grande Gabriel Maymone Midiamax – 22/07/2024 – 08:15
Investigados por integrarem o suposto esquema de corrupção chefiado por Claudinho Serra (PSDB) estavam preocupados com a ‘dificuldade’ para reeleição do chefe nas eleições deste ano em Campo Grande. É o que revelam interceptações de conversas autorizadas judicialmente, segundo o Gaeco.
A preocupação flagrada nas escutas legais é um dos principais problemas para o PSDB nas eleições municipais, segundo pré-candidatos que sonham com uma cadeira de vereador em Campo Grande.
Assim, como o ninho tucano acabou inflado com nomes considerados ‘puxadores de voto’, a análise é de que fica mais difícil estar entre os mais votados da chapa. Ou seja, com a situação, seria mais fácil ter uma votação expressiva e mesmo assim não ser eleito pelo PSDB do que por outras legendas.
O medo de ‘ficar de fora’ assombrava até os integrantes da suposta organização criminosa que, segundo a Operação Tromper, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), tocava esquema de desvio de dinheiro público com fraude em licitações na Prefeitura de Sidrolândia.
A operação seria comandada pelo genro da prefeita Vanda Camilo (PP), o vereador do PSDB na capital de MS, Claudinho Serra. Segundo os investigados, o vereador, que só chegou ao cargo porque o eleito renunciou para trabalhar na pré-campanha de Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande, correria risco de não se eleger.
Interceptações telefônicas flagraram conversa de empresário implicado em esquema de corrupção em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, Ueverton Macedo da Silva, o ‘Frescura’, preocupado com a reeleição do ‘chefe’. Depois de deixar a cadeia, o vereador Claudinho Serra (PSDB) segue licenciado na Câmara de Campo Grande.