Alckmin disputar vice-presidência é 'quase vingança política' contra PSDB e Doria, diz analista político
Segundo Fabio Zambeli, ressentimento com PSDB e ruptura com Doria explicam, entre outros fatores, guinada política do ex-tucano.
A possível aliança entre Alckmin e Lula nas eleições presidenciais tem sido digerida com desconfiança por aliados do petista e pelas alas conservadoras. A guinada política do ex-tucano foi marcada pelo anúncio de sua filiação ao PSB na última sexta (18). Para o jornalista Fabio Zambeli, que acumula três décadas de cobertura política, os últimos anos de desgaste com o PSDB – especialmente após a aliança Bolsodoria – dão sentido às movimentações de Alckmin.
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"Essa aliança é claramente uma resposta do Alckmin ao João Doria, ao grupo que assumiu o PSDB e o colocou para escanteio", avalia o analista-chefe do Jota em São Paulo em entrevista à Renata Lo Prete, retomando o episódio em que Doria ofereceu ao padrinho político uma candidatura ao senado como "prêmio de consolação".